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Reversão de Vasectomia

Reversão de Vasectomia

Postado em: 22 de maio de 2018

A relação sexual é algo importante na manutenção de um casal. Porém, o medo de engravidar a parceira muitas vezes está presente e para evitar uma gravidez indesejada, existem muitos métodos contraceptivos, como por exemplo, a camisinha, o anticoncepcional, DIU, entre outros. Para o homem que já tem filhos ou que não deseja tê-los, no […]

A relação sexual é algo importante na manutenção de um casal. Porém, o medo de engravidar a parceira muitas vezes está presente e para evitar uma gravidez indesejada, existem muitos métodos contraceptivos, como por exemplo, a camisinha, o anticoncepcional, DIU, entre outros. Para o homem que já tem filhos ou que não deseja tê-los, no entanto, existe um método mais prático: a vasectomia!

Vasectomia: o que é?

Os espermatozoides são os gametas masculinos. isto é, são as células de reprodução do homem que, quando se unem ao óvulo feminino, geram uma nova vida. Esses gametas são produzidos nos testículos e, então lançados a um canal.

Chamado canal deferente, essa segunda estrutura é a que recebe as células, expelindo-as quando há a ejaculação. Ou seja, os deferentes são os responsáveis por transportarem os espermatozoides do epidídimo até a uretra. O epidídimo é o local de armazenamento dos gametas masculinos e fica na parte superior dos testículos.

Cada testículo possui um canal deferente ligado a ele. Sendo assim, este muito importante para a liberação dos gametas. O canal deferente que é a estrutura manipulada na vasectomia.

A vasectomia é um método contraceptivo obtido por meio de procedimento cirúrgico. Na operação, corta-se o tubo deferente. Logo, o caminho que seria percorrido pelo espermatozoide é interrompido.

Para o procedimento, não é necessário que o indivíduo esteja em jejum. Na sala de cirurgia, o homem recebe um anestésico local. Em seguida, uma pequena incisão, de aproximadamente 1 cm, é realizada em cada lado do saco escrotal.

Após realizar a vasectomia, o homem para de liberar espermatozoides. Os gametas ainda existem e continuam a ser produzidos, mas ficam retidos no epidídimo. O homem também continua a ejacular, pois o esperma, espécie de “líquido branco” da ejaculação, é formado por substâncias que vão além do gameta. O líquido em si é produzido acima da área separada do tubo, pela próstata e em glândulas mais próximas à uretra (a saída do pênis).

Onde realizar a cirurgia?

Como não libera mais gametas, então, o homem não mais pode gerar filhos. Por isso, esse método contraceptivo só é indicado para aqueles que possuem mais de 30 anos e já têm descendentes. Também é ideal que o homem possua bom planejamento familiar com sua parceria, tendo a certeza de que não desejam mais bebês.

A vasectomia é igualmente indicada para situações em que a mulher não pode utilizar métodos contraceptivos, como o anticoncepcional. A esterilização do homem, nesse caso, facilita muito a vida sexual do casal.

No Brasil, o procedimento cirúrgico pode ser realizado tanto pela rede particular, quanto pela pública. No primeiro caso, a cirurgia só é feita após absoluta certeza do paciente e avaliação médica. Os custos podem variar de acordo com o médico e a clínica.

Já o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) requer alguns outros requisitos mais. Primeiro, o homem precisa ter pelo menos 35 anos de idade. Posteriormente, é necessário que já tenha dois filhos. Para os médicos, a condição de já ser pai, diminui a chance de arrependimento no pós-cirúrgico.

Cuidados com a vasectomia

O primeiro cuidado a se tomar no pós-cirúrgico da vasectomia é com a recuperação. O procedimento é bastante simples. Por isso, a saída do hospital é feita no mesmo dia, com o homem, inclusive, podendo dirigir. Na maioria dos casos os indivíduos conseguem voltar completamente à rotina em três dias.

Há ocorrências, porém, em que o corte feito no ducto deferente provoca inflamação. Isso pode tornar o saco escrotal mais sensível à dor nos primeiros dias. Se for esse o caso, o paciente deve evitar os movimentos bruscos e até caminhadas desnecessárias. Com poucos dias, no entanto, a dor tende a sumir.

Já a prática de relações sexuais deve aguardar ao menos uma semana. Nesse caso, é fundamental que o casal ainda utilize algum método anticoncepcional. Isso porque, mesmo que a cirurgia interrompa imediatamente a passagem de espermatozoides, podem haver alguns restantes no ducto deferente. Se esses gametas restantes forem ejaculados, ainda poderão gerar uma gravidez. Em média, são necessárias 20 ejaculações para eliminar todos os espermatozoides restantes.

Em 45 dias após a vasectomia, o indivíduo deve realizar um exame de espermograma. Por meio dele, o médico vai poder analisar a existência de gametas ou não no sêmen. Apenas após comprovada sua inexistência, o sujeito poderá praticar atividades sexuais sem outro contraceptivo.

É fundamental destacar, porém, que a vasectomia previne a gravidez, mas não impede a transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Dessa forma, se existe uma união estável, homem e mulher devem realizar exames que demonstrem a inexistência de DST’s. Se houver mais de um parceiro sexual é essencial continuar o uso da camisinha. Só assim problemas como o HIV, gonorreia, clamídia ou outros poderão ser prevenidos.

Finalmente, é preciso abordar um receio que muitos dos homens que pensam na vasectomia possuem: o da impotência. No imaginário popular, há a ideia de que, se não puder ter filhos, o homem será impotente sexualmente. A cirurgia para interrupção do ducto deferente, no entanto, em nada influencia nesse quesito.

De fato, o que costuma ocorrer é que, devido à sensibilidade na região genital, o homem pode se sentir ansioso nos primeiros dias pós-procedimento. Assim, poderá ter dificuldade de ereção inicial. Isso, no entanto, não será mais um problema quando a sensibilidade da cirurgia passar.

Reversão da vasectomia

A reversão da vasectomia, segundo estudos, é poucas vezes buscada pelo simples arrependimento. Como a decisão é normalmente tomada pelo casal e bem instruída pelo médico, o homem tende a ter certeza pelo método, quando o realiza.

Pode acontecer, porém, do casal se separar e o indivíduo desejar ter um filho com a nova parceira. O falecimento de um filho também é um motivo comum, de modo que uma nova concepção possa amenizar a perda. Assim como, apenas a vontade de ter um novo bebê.

Para a reversão da vasectomia, o paciente precisa realizar um cuidadoso pré-operatório. Apesar de ainda simples, a operação de reversão é mais complicada do que a de corte do ducto. Assim, o médico solicita exames para a detecção de doenças, como a hérnia ou tumor no testículo. Uma condição pré-estabelecida poderia prejudicar a capacidade de recuperação do paciente. É solicitado também que seja feito jejum de oito horas.

A reversão da vasectomia é realizada por meio da reconexão das duas partes cortadas de cada canal deferente. Para isso, é realizada sedação local. Depois, uma pequena incisão é feita no saco escrotal, de aproximadamente 3 cm. Por meio dela, as pontas separadas do canal são identificadas e então costuradas juntas novamente.

Os canais são bastante finos, e por isso a cirurgia requer o uso de um microscópio. O equipamento consegue aumentar a imagem em até 25 vezes, e assim garantir a precisão do procedimento. Por fim, as incisões no saco escrotal são suturadas.

Fibrose e pós-operatório

Existe situação em que a operação se torna mais trabalhosa: quando há fibrose. A fibrose é o aumento das fibras de um tecido. No caso de uma vasectomia, o epidídimo acaba por sofrer pressão exagerada ao longo dos anos, uma vez que recebe, mas não libera espermatozoides. Essa pressão gera a fibrose, que cria obstruções logo abaixo do local onde o ducto deferente foi cortado. Nessa situação, ao invés de fazer o religamento dos ductos, é necessário levá-los até o epidídimo e ligá-los de forma que a área obstruída não impeça a passagem dos espermatozoides.

Pouco mais de um mês depois da cirurgia, o homem deve realizar um espermograma. Com ele, o médico poderá verificar a volta do espermatozoide ao sêmen. Isso vai permitir que o indivíduo fecunde um óvulo, gerando um bebê. Além da existência dos gametas, seu formato e mobilidade também são avaliados.

O nível de espermatozoides numa ejaculação vai aumentando ao longo do tempo. Três meses após a cirurgia, a presença dos gametas no sêmen é de 79%. De 4 a 6 meses, os níveis vão para 96%. Em um ano, os valores se estabilizam, chegando a 99%.

O ideal é que o contato íntimo seja feito apenas uma semana depois da cirurgia. Ou então, após os pontos suturados no saco escrotal caírem. Como na vasectomia, o procedimento não influencia na potência sexual.

Gravidez após a reversão da vasectomia

Algo que influencia muito no sucesso da cirurgia, ou seja, que os espermatozoides voltem a ser conduzidos pelo ducto deferente, é o tempo em que o homem permaneceu vasectomizado. Isso porque, com o passar dos anos, os gametas produzidos e armazenados tornam-se corpo estranhos ao organismo. Logo, o homem passa a produzir anticorpos contra as células reprodutoras, que vão eliminá-las assim que produzidas.

Dessa forma, a condição do tempo influencia também na chance de gravidez da mulher. Há um tabela básica para todos esses dados: se a vasectomia foi realizada há menos de três anos, a chance de sucesso da cirurgia é de 97%, com 76% de possibilidade de gravidez. Num período entre três a oito anos de esterilização, os números já começam a cair – são 88% de oportunidade de sucesso e 53% de gravidez. De nove a 14 anos, os números ficam em 79% e 44%. Com mais de 15 anos de vasectomia, as porcentagens são de 71% de sucesso de 30% de possibilidade de gestação.

Outros fatores também podem influenciar na concepção. Como a idade da mulher: se tem mais de 35 anos, a fertilidade da mulher está em declínio. Isso significa que será mais difícil engravidar. Doenças na mulher, como a endometriose, e outras no homem, também podem gerar dificuldades para concepção natural.

A gravidez não acontece. O que fazer?

Se qualquer dos fatores citados dificultar a desejada nova gravidez, a medicina oferece uma série de soluções. Estas que vão permitir a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, a geração de um zigoto e desenvolvimento do feto.

Geralmente, os tratamentos da infertilidade só começam a ser utilizados após um ano de tentativas de gravidez do casal. Esse é o período de demora considerada normal, uma vez que a fertilidade do ser humano é baixa. Por mês, um casal tem apenas 20% de chance de gravidez! Logo, quando 12 meses passam, parceiro e parceira devem procurar um especialista e verificar a existência de alguma condição impeditiva à gestação.

No caso da reversão da vasectomia, porém, não é necessário aguardar esse período para buscar auxílio. Cerca de um mês após a cirurgia, a existência de espermatozoides no sêmen será avaliada pelo espermograma. Assim como a mobilidade dos gametas, e sua saúde. Confirmada a fertilidade, o casal poderá tentar a gravidez normalmente.

Se após seis meses, porém, as tentativas não forem bem-sucedidas, é interessante consultar um especialista. Especialmente se a mulher tiver mais de 35 anos. Nesse caso, o médico poderá avaliar a fertilidade de ambos e indicar um tratamento para concepção.

Tratamentos para a infertilidade

Há, por exemplo, a possibilidade de realização da fertilização in vitro. O processo é iniciado logo nos primeiros dias da menstruação da mulher, em que seu ciclo menstrual é acompanhado. Com as informações colhidas, o médico descobre o período em que a mulher irá liberar seus óvulos. Para facilitar, na maioria dos casos a paciente passa por um processo de indução da ovulação. Em seguida, os gametas são colhidos, e levados ao laboratório junto dos espermatozoides. Os gametas masculinos geralmente são colhidos por masturbação.

A ligação do óvulo e espermatozoides é realizada em laboratório. Após aproximadamente cinco dias, o pequeno crescimento de células é introduzido no útero da mulher. Ele, então, busca se agarrar à parede do órgão, para se desenvolver. Em aproximadamente 15 dias, o médico poderá verificar o sucesso ou não do processo, ou seja, se a mulher está grávida ou não.

Outra alternativa comum é pela inseminação artificial. Nesse caso, os espermatozoides são colhidos e inseridos diretamente no útero ou fundo da vagina da mulher. De lá, os gametas “nadam” até o óvulo, buscando sua fecundação. O processo é mais indicado quando os espermatozoides do homem tem pouca mobilidade e, acabam morrendo devido ao pH ácido da vagina, ou outras situações semelhantes.

Se o problema de concepção for resultado da ausência do espermatozoide do sêmen, há a possibilidade de coleta cirúrgica do gameta. Nesse caso, o homem passa por uma punção, ou então por biópsia testicular. Assim, o médico obtém os espermatozoides e pode realizar o tratamento necessário para concepção.

Além disso, mesmo que o homem volte a produzir e a ejacular espermatozoides, eles podem não ser férteis. Nesse caso, a solução mais interessante é utilizar gametas doados e realizar fertilização in vitro ou inseminação artificial para uma nova gestação.